Como usar o flash fotográfico

21:19 / Postado por Mallu Suzuki /

Técnicas para fotografia analógica e digital (Parte 2)

Olhos vermelhos
Um problema do uso do flash é a produção de imagens com olhos vermelhos. Quando a luz do flash atinge diretamente a pupila do olho, normalmente as pessoas estão numa zona escura. Nestas condições, a pupila está dilatada pela acomodação visual, fazendo com que a luz do flash entre diretamente na retina refletindo parte do sangue que ali se encontra. Dessa forma, o aparecimento dos olhos vermelhos deve-se à reflexão da própria retina provocada pela dilatação da pupila em ambientes pouco iluminados.
 
Aprenda como evitar os olhos vermelhos numa imagem:
    * Diga á pessoa que não olhe de forma direta para a câmara.
    * Use o flash lateralmente, com cabo de sincronismo, isso vai mudar o ângulo de incidência de luz.
    * Utilize iluminação rebatida em superfície branca ou teto.
    * Torne o ambiente mais luminoso para que a pupila se contraia, diminuindo a intensidade do reflexo vermelho.

As câmeras de hoje já pessuem um recurso especial para eliminar o “olho vermelho“. Consiste em criar dois disparos do flash, no momento em que o obturador é ligado. O primeiro, muito rápido e com menor carga, ocorre antes da exposição. Esse disparo tem um “timing” perfeito para que ocorra o encolhimento da pupila, que normalmente está bem dilatada pela falta de iluminação ambiental.

No instante exato do encolhimento máximo, a foto é realizada pelo segundo disparo do flash, o que torna quase impossível conseguir um ângulo que incida no fundo do olho, e reflita na direção do filme/sensor.

Flash Frontal
A utilização mais normal do flash eletrônico é o do flash direto, acoplado à sapata da câmera, e apontado frontalmente para o assunto. Por outro lado, esta posição normalmente produz sombras indesejáveis, brilho excessivo na pele, e basicamente uma luz dura, clareando o assunto além do ponto desejado e ausência de meios tons. Entretanto há vários meios de controlar este “efeito de artificialidade” produzido pelo Flash:
 
Eliminação de Sombras
 Afaste o assunto a ser fotografado mais ou menos 1,5m do fundo, para que a sombra projetada pelo flash não fique marcada atrás do corpo da pessoa. Esta simples prevenção vai melhorar as suas fotos.

Caso tenha um fio ou cabo de extensão, procure iluminá-lo lateralmente, ou mesmo por cima, para que a sombra não fique diretamente no fundo. Utilize um rebatedor branco de cartolina ou papel alumínio para minimizar sombras.

Se o espaço não permitir que efetue as dicas ditas em cima, procure fotografar o assunto com um fundo escuro, para que absorva a maioria das sombras projetadas pela luz do flash.
 
Flash Rebatido
Muitos dos fotógrafos profissionais dirigem o fecho de luz do flash para o teto ou paredes para obter uma luz difusa, homogénea e com sombras suaves que não aparecerão no fundo. Pode ser utilizado tanto em modo manual, automático ou TTL.

Uma das formas recomendadas da utilização do flash é a de rebatê-lo contra uma superfície branca, no intuito de distribuir e difundir a luz, simulando a luz natural interior.
 
Flash Auxiliar (Flash menor localizado logo abaixo do flash principal)
Com a difusão da técnica do flash rebatido, surgiu um outro tipo de problema. Quando o ângulo de incidência da luz rebatida é muito grande (muito parecido com a luz do sol próximo ao meio-dia), aparecem as clássicas sombras nos olhos, debaixo do nariz e do queixo. Para resolver esse problema, os fabricantes desenvolveram o flash auxiliar.

É um flash menor que fica na posição frontal, e que fornece uma iluminação complementar ao flash principal para remover as sombras das regiões que não apanham iluminação (olhos, debaixo do nariz e do queixo).
 
Flash de Preenchimento ou Luz Mista
É possível combinar a luz do flash com a luz natural como técnica corretiva. Este recurso tem um princípio muito simples, preencher o vazio (de luz) nas sombras. Para tanto, a intensidade de luz do flash deve estar equalizada com a fotometria da luz ambiente. Pode também ser utilizado para criar efeitos de raios de sol, cenas de contra luz, como entardecer ou otimizar brilhos, em dias nublados ou ainda para corrigir o balanço de cores em ambientes com luz artificial.

Redutor de potência
Este recurso suplementar, encontrado nos flashes mais sofisticados vem designado com as potências 1/1 (full – total), 1/2, 1/4, 1/8, 1/16, 1/32 etc.

Isto significa que em 1/1 o flash está em carga máxima e na medida em que se reduz esta carga sucessivamente, pela metade, a luz do flash reduz-se no número de pontos equivalentes. Este recurso é muito vantajoso, quando se trabalha a distâncias muito curtas, ou com filmes mais sensíveis, ou ainda apenas para economizar baterias.

Já que as marcas e modelos de Flash estão em constantes melhoramentos, recomendo que leia os respectivos manuais com atenção.

Nas câmeras tipo Hi Tech a redução de potência, é feita no respectivo programa para flash – TTL, acionando-se a respectiva escala de compensação, desde que se utilize o flash indicado pelos seus próprios fabricantes. Alguns modelos originais apresentam esta escala de redução mesmo em modo manual.

Ring Flash ou Flash anular
Existem flashes especiais para curtas distâncias, com pequenas potências que se adequam á fotografia científica ou para documentação, são conhecidos como Ring Flash, utilizado na frente da lente e ligado como um filtro. Este foi criado para situações específicas, para cenas muito próximas, em que a iluminação de um flash convencional não é adequada.

Fotografia médica, dental e macrofotografia são alguns dos campos em que esta técnica é utilizada. Apresenta uma luz difusa, e em alguns dos seus modelos o grau de difusão pode ser controlável. São encontrados em modelos manuais, automáticos e até TTL. No entanto o seu raio de ação é limitado a 1,2m de distância.

Na falta destes flashes, podemos improvisar rebatedores para conduzir o foco de luz diretamente para o assunto a ser fotografado.
 
Utilização do flash em câmeras digitais
Tanto nas câmeras analógicas como nas digitais o flash apresenta o mesmo objetivo, iluminar. Portanto, todas as regras aqui apresentadas são válidas. Mas, dependendo da sensibilidade dos respectivos sensores e dos modelos disponíveis no mercado, há ajustes adicionais a serem efetuados para se obter os melhores resultados.
(Prof. Dr. Enio Leite)

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